23/10/2015 - São Roque - SP
Em entrevista ao Jornal O Democrata o presidente do PPS de São Roque comentou o cenário atual do País, confira a entrevista.
O Brasil vem passando por uma situação muito difícil. Em sua opinião o que veio primeiro: a crise política ou a econômica?
R – Sem dúvida alguma a crise política veio em primeiro lugar; a econômica é consequência.
Qual o principal motivo que levou o país à atual situação?
R – O PT preparou-se para um projeto de poder, quando deveria preocupar-se com uma gestão de governo. O projeto de poder leva ao fisiologismo que, no Brasil, chegou a níveis sem precedentes. O aparelhamento do Estado chegou às raias do absurdo. É o toma lá, dá cá, sem o menor constrangimento, à custa do erário. Sem falar dos escândalos como o da Petrobrás, que foi saqueada até não poder mais.
Por que a crise política afeta a economia?
R – A crise política convulsiona o governo e gera falta de credibilidade. As perspectivas do Brasil estão cada vez piores. Diante desse cenário imprevisível o empresário deixa de investir; o cidadão, preocupado, compra menos; a fuga de capital é sem precedentes, o que leva o dólar às alturas. Tudo isso gera desemprego. É uma bola de neve que só vai crescer.
O TCU – Tribunal de Contas da União rejeitou por unanimidade as contas da Dilma, o que isso representa?
R – Se o Congresso seguir as orientações do TCU, Dilma tornar-se-á inelegível, porém segue no mandato.
O TSE – Tribunal Superior Eleitoral – decidiu investigar as contas da campanha petista de 2014. O que pode acontecer?
R – Se ficar comprovado que entrou dinheiro desviado das estatais para financiar a campanha petista de 2014, a chapa Dilma/Temer pode perder o mandato.
A oposição vai pedir o impeachment da Dilma. Seria um golpe como afirma o governo?
O impeachment está previsto na Constituição Brasileira, portanto se forem preenchidas as condições de exigi-lo, a oposição vai fazê-lo. Vale lembrar que o PT pediu o impeachment de Collor e FHC e não falava que era golpe. O processo, porém, é demorado e exige quórum qualificado de 2/3 dos votos do Congresso.
Dilma tem condições de tirar o país do buraco em que se encontra?
Acho difícil. A falta de rumo do governo Dilma salta a olhos vistos. Estamos vivendo uma crise sem precedentes na economia: PIB desabando, juros extorsivos, inflação rumando para os dois dígitos, assim como o desemprego, real desvalorizado e todos, sem exceção, todos os indicadores retornando aos anos 80. Não sabemos até quando o país vai aguentar.
Você acha possível reverter a atual crise?
R – Sim, desde que a Dilma renuncie, porém o seu compromisso com o partido ao qual pertence fala mais alto que os interesses da nação. Ela ainda não se deu conta de que não governa mais. Um muro de desconfiança separa o seu governo da população, que acha que o fundo do poço está longe de se alcançar. Assim, a pressão popular tende a crescer o que pode forçar a sua saída.
Os municípios serão atingidos por esse turbilhão?
Não resta a menor dúvida. Os prefeitos que acreditaram nos alertas dados no ano passado e, desde então, se prepararam para enfrentar a situação seguirão em frente sem maiores problemas; os que deram de ombros, e não souberam fazer a lição de casa, terão que tomar medidas draconianas que certamente redundarão em prejuízos para a população, senão fecharão o ano no vermelho.
Você é presidente do PPS de São Roque. O Partido pretende lançar candidato a prefeito?
O Partido vai lançar, sim, candidato a prefeito. Estamos trabalhando nesse sentido. Conseguimos filiar dezenas de pré-candidatos a vereador, e estamos fechando coligações que fortalecem o nosso propósito. O que nos anima é o número de simpatizantes e colaboradores que, depois de conhecerem as nossas propostas, vem aumentando a cada dia.
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