19/2/2016 - São Roque - SP

Combate contra a dengue inclui mutirões e trabalho com crianças

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Mairinque

Desde janeiro deste ano a Vigilância em Saúde registrou 103 notificações de dengue em Mairinque. Dessas, nove casos se confirmaram positivos. Também houve um caso de febre chikungunya, importado de Alagoas. A Secretaria Municipal de Saúde de Mairinque acompanha o tratamento do paciente e executou o bloqueio de transmissão.

Esses números pautaram a última reunião do Comitê Intersetorial de Combate à Dengue realizada nesta terça-feira, 16, no Centro de Reabilitação Bem Me Quer, no Jardim Cruzeiro. O grupo também abordou alternativas para disseminar informações, arrastões e formas de eliminar criadouros.

“A chikungunya é uma doença que pode se tornar crônica e deixar sequelas para o resto da vida. A dengue mata e o zika vírus pode ser, ainda, mais perigoso do que a gente imagina,” relata Josimara Grinholi, nutricionista do Núcleo de Educação Permanente (NEP) e uma das coordenadoras do Comitê Intersetorial.

Luiz Luiz Carlos Pinheiro, chefe do Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica, lembrou da Medida Provisória (MP) publicada no Diário Oficial da União, pela presidenta Dilma, em 1º de fevereiro, que permite que agentes de saúde forcem a entrada em imóveis públicos ou particulares para destruir focos do mosquito, mesmo quando o dono não for localizado ou o local estiver abandonado. A MP também prevê que os agentes de saúde poderão pedir ajuda à polícia, quando for necessário, para entrar em algum local com suspeita de ter criadouros do Aedes.

“Cerca de 85% dos criadouros do Aedes estão dentro ou ao redor das residências. Portanto, o agente da dengue tem um papel importante na fiscalização e na conscientização da população. No entanto – frisou Pinheiro – cabe unicamente ao morador eliminar o criadouro na sua casa e no seu quintal”.

Mobilização nas escolas

Dentro das iniciativas propostas, o Comitê Intersetorial pretende intensificar o trabalho de conscientização nas escolas da Rede Pública. Nesse sentido foi desenvolvido o Projeto Guerreirinhos Contra o Mosquito Aedes. A ideia, segundo Josimara, é “proporcionar empoderamento aos jovens para serem guardiães de suas residências, evitando a proliferação do mosquito e outras pragas nos seus quintais e de seus familiares e amigos”.

Orientados pelos professores da Rede, com apoio dos agentes de Saúde, os alunos deverão elaborar relatórios sobre ações desenvolvidas nas suas residências como buscas por larvas, controle de locais que acumulem água e limpeza do quintal.

Também serão realizados concursos de desenhos ou frases, conforme a idade da criança, com temas sobre o combate ao mosquito. Caberá à escola a elaboração do concurso, as regras, a premiação e a divulgação do evento final. Haverá, ainda, a instituição do Agente Mirim, que consiste em eleger crianças para acompanharem agentes de vetores nas visitas às residências. Além disso, o Projeto pretende trabalhar com os estudantes sobre o tratamento do lixo reciclado, ensinando-os a praticar a reciclagem em casa.

Mutirões

Nesta terça-feira, 16, nos bairros Recanto dos Eucaliptos, Marmeleiro e Jardim Brasília foi iniciada uma série de mutirões que envolvem os Agentes Comunitários de Saúde das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os Agentes de Vetores, da Vigilância em Saúde. No dia 17, quarta-feira, será a vês dos bairros Barreto Baixo, Barreto Alto e Monjolinho. Na quinta, 18, o mutirão percorre o Jardim Vitória.

Três Lagoinhas, São José e Reneville serão vistoriados na sexta, dia 19. Já as Glebas A e B do Jardim Cruzeiro terão ações na segunda-feira, dia 22. Na terça, 23, será a vez da Nova Mairinque, Cecap e Residencial Park. Quarta-feira, dia 24, recebem os agentes os bairros Jardim Flora, Chácara Flora e Nova Esperança. Na quinta, 25, serão contemplados Vila Sorocabana e o Centro da cidade. Finalmente, na sexta-feira, dia 26, serão visitados Dona Catarina e Porta do Sol.